Holocausto brasileiro, mais perto do que podemos imaginar.
- Caique Oliveira/Maria Eduarda Eiras
- 17 de mai. de 2016
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Holocausto tem por definição sacrifício. No Brasil, aconteceu em Barbacena/MG, no Hospital Colônia da cidade, em épocas remotas à ditadura militar.

Há mais de 50 anos, o antigo hospital - que só tinha estrutura para 200 enfermos -, acolheu por volta de 5000 pessoas entre negros, brancos, homens, mulheres, crianças e, de forma desenfreada, os homossexuais. Cerca de 70% das milhares de pessoas tachadas de "loucas" que passaram por ali não apresentavam problemas psiquiátricos e as que continuam vivas, nunca foram acometidas desse mal.
O principal intuito da construção do Hospital Colônia era dar assistência e atendimento aos chamados "alienados de Minas", mas serviu como endereço de massacre por volta de 1961. De forma silenciosa, inúmeras pessoas foram vítimas do frio, da fome, de maus-tratos e tortura.
Instalações:
Adentrar no Hospital Colônia era considerado sentença de morte, pois não havia remédios, comida, roupa e infraestrutura. Os exilados permaneciam nus na maior parte do tempo e cercado por guardas, que tomaram o lugar dos enfermeiros.

50 anos depois:
A "associação" Hospital Colônia carrega em sua bagagem o maior genocídio da história brasileira e, até hoje, ninguém foi responsabilizado pela chacina que deixou mais de 60 mil mortos.
Hoje, o antigo Hospital Colônia e atual Centro Hospitalar de Barbacena atende mais de 50 cidade e uma estimativa de 700 mil pessoas. Em tributo às vítimas do extermínio foi inaugurado um museu no torreão do Hospital.
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